"A viagem da Princesa Isabel e do Conde D’eu para o sul de Minas Gerais em 1868 serve de mote para esse conjunto de crônicas bem-humoradas, que aborda as origens de uma família instalada na região do Vale do Paranapanema no começo do século 20. Na cidade de Campanha-MG, o casal imperial foi recepcionado por Vicente Xavier de Toledo, rico fazendeiro e proprietário das lavras de Santa Luzia que, convertido em mito familiar, foi o elemento instigador das pesquisas que originaram esse livro."
O Livro Eu e a Princesa Isabel, lançado em 2016, resgata facetas da vida colonial e imperial brasileira, como a mineração, a saga dos cristãos novos e o tropeirismo
Eu e a Princesa Isabel é um empreendimento entre primos que começou sem grandes pretensões no final da década de 90, quando um deles foi para Minas Gerais numa viagem de turismo e busca ao passado. A notícia de que os relatos dos antepassados podiam ser verdadeiros causou alvoroço na família, contaminando outros com o desejo pelas origens. O que veio depois foi levantamento de hipóteses, pesquisas em materiais diversos, novas viagens a Minas e inúmeras visitas aos Centros de História da Família da Igreja Mórmon, fonte abundante de informação genealógica. Juntando-se a isso suposições e um tanto de imaginação para preencher as lacunas, surgiram as crônicas que, por sua vez, arrastaram novos primos ao projeto. Uma prova de que, mais do que briga por herança, família pode render literatura.
As várias crônicas são autoria de Keila Málaque, que é doutora em teoria literária e especialista em regulação na Agência Nacional do Cinema. Os haicais foram escritos por Osni Miguel Santana, formado em Direito e Comunicação Social, político aguerrido e funcionário aposentado do Banco do Brasil. Adalberto Camargo, publicitário e professor universitário, criou as fotomontagens e o projeto gráfico do livro. A capa é do Tiago Santana, filho de Osni, também publicitário e professor universitário. Quem deu início às pesquisas em Campanha-MG foi Selma Greice Matos, e o João Prado (Zizo) liderou a pesquisa genealógica, ela foi professora de História e ele, funcionário do Banco do Brasil.